locked and stuck inside a dream
asleep dreaming beside another
abstrato de tomate
o bonde passa cheio de pernas
24/02/2013
31/01/2013
27/01/2013
O que é o virtual?
La rueda, en cambio, evidentemente no es una prolongación de la pierna pero sí la virtualización del desplazamiento.
Pierre-Levy
24/01/2013
far old west
the day my son was born
is the day the world became a dangerous place
the day my sun had dead
is the day in which my juvenile's world became a cold free place
is the day the world became a dangerous place
the day my sun had dead
is the day in which my juvenile's world became a cold free place
12/10/2012
15/04/2012
25/12/2011
Infância
"Meu pai montava a cavalo, ia para o campo.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé."
Segue acima o segundo poema do primeiro livro.
Nele, o autor narra sua Infância em Itabira, no seio da família.
A cena é bucólica, o tempo é vagaroso.
O irmão caçula vai deitado, sua mãe vai sentada como Penélope e seu pai, o mais veloz, vai a cavalo, enquanto ele se lê uma história infinita.
É o que nos revela a primeira estrofe.
Na segunda estrofe, o bom gostoso velho preto da senzala dos cafezais. Sob o zênite o sol a pino castigante.
Na estrofe seguinte, o inseto, figura recorrente, imagem dos pequenos aborrecimentos, das rusgas cotidianas. E um suspiro como que um buraco negro um poço sem fundo uma história sem fim.
Nas duas últimas estrofes, a fazenda maior que o mundo e o menino maior que o herói.
Aqui, na sua Infância na roça, as distâncias são enormes e o tempo é lentíssimo. Todos os movimentos são vagarosos como os braços da preguiça.
Minha mãe ficava sentada cosendo.
Meu irmão pequeno dormia.
Eu sozinho menino entre mangueiras
lia a história de Robinson Crusoé,
comprida história que não acaba mais.
No meio-dia branco de luz uma voz que aprendeu
a ninar nos longes da senzala - e nunca se esqueceu
chamava para o café.
Café preto que nem a preta velha
café gostoso
café bom.
Minha mãe ficava sentada cosendo
olhando para mim:
- Psiu... Não acorde o menino.
Para o berço onde pousou um mosquito.
E dava um suspiro... que fundo!
Lá longe meu pai campeava
no mato sem fim da fazenda.
E eu não sabia que minha história
era mais bonita que a de Robinson Crusoé."
Segue acima o segundo poema do primeiro livro.
Nele, o autor narra sua Infância em Itabira, no seio da família.
A cena é bucólica, o tempo é vagaroso.
O irmão caçula vai deitado, sua mãe vai sentada como Penélope e seu pai, o mais veloz, vai a cavalo, enquanto ele se lê uma história infinita.
É o que nos revela a primeira estrofe.
Na segunda estrofe, o bom gostoso velho preto da senzala dos cafezais. Sob o zênite o sol a pino castigante.
Na estrofe seguinte, o inseto, figura recorrente, imagem dos pequenos aborrecimentos, das rusgas cotidianas. E um suspiro como que um buraco negro um poço sem fundo uma história sem fim.
Nas duas últimas estrofes, a fazenda maior que o mundo e o menino maior que o herói.
Aqui, na sua Infância na roça, as distâncias são enormes e o tempo é lentíssimo. Todos os movimentos são vagarosos como os braços da preguiça.
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