Osmar me emprestou um livro do que costuma se chamar de "vulgarização científica", onde talvez fosse mais cômodo dizer disseminação, visto o carácter pejorativo que a palavra vulgar pode assumir.
Mas o que importa é o título do livro, "Uma Breve História do Tempo" de Stephen Hawking ( o tal que ocupa atualmente, na Universidade de Cambridge, a cadeira que já foi de Newton).
Mas, a parte que seja muito bom o livro, o que me chama a atenção é mesmo o título, que comprova que há poesia até num tratado de astronomia.
Vejamos: a frase que compõe o título possui 5 palavras, afora o artigo indefinido e a preposição, nos restam 3 substantivos, todos eles pertencendo a um mesmo grupo semântico.
Breve: indica o que é de curta duração.
História: indica algo de duração maior, porém ainda limitada.
Tempo: indica o próprio tempo em sua essência e infinitude.
E do modo como as palavras estão dispostas: breve - história - tempo. Nos dá uma noção de caminhada, do mais curto, para o mais comprido até o infinito. E a noção de caminhada nos traz de volta a noção de movimento que nos leva novamente a noção de espaço-tempo, que Einstein concatenou muito bem.
Como também nos leva a própria noção de ciência, que é um longo e infindo caminhar, mas que começa com o primeiro passo, no primeiro livro, na primeira idéia.
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