A Matemática vive de prova.
Lança-se os axiomas e provam-se os postulados, asserções, proposições, teoremas, modelos e teorias.
A partir dos 1800 a matemática provou impossibilidades.
Provada a impossibilidade de se dividir um ângulo em três angulos iguais.
Provada a impossibilidade de se construir um cubo com o dobro do volume de um cubo dado.
Provada a impossibilidade de se contruir um quadrado com a mesma área de um círculo.
Até que por fim foi provada a impossibilidade de se provar
o quinto postulado euclidiano.
26/09/2010
25/09/2010
Poder e Saber
Coisa do Povo
No mesmo livro em que diz não haver lugar para os poetas em sua utopia, Platão descreve uma das cenas poéticas mais sólidas de nossa cultura, O Mito da Caverna. Platão dizia que os poetas eram mentirosos, e, como poeta, talvez mentisse ao afirmar que não os desejava em sua república.
Mas é justamente essa ambiguidade platônica que me faz enxergá-lo com o marco fundamental da distinção entre o discurso mitológico que reinara até então (vide os próprios filósofos pre-socráticos, antecessores imediatos de Platão) e o discurso lógico que passaria a ser dominante desde então (vide o próprio Aristóteles, sucessor imediato de Platão)
Platão foi um homem com o espírito de seu tempo, zeitgeisteanamente; e, ao mesmo tempo, foi um homem póstumo, nietzscheamente a frente de sua época.
Abstratos
"How can you define something of which everyone already has a clear concept?"
(Godel, Escher, Bach - Douglas Hofstadter)
"e ele respondeu que eu era um homem; o que queria dizer com isso, e ele declarou que toda a gente sabia o que isso queria dizer;"
(O Estrangeiro - Albert Camus)
"Toda a gente sabe o que é uma desgraça.Pois bem, na minha opinião, foi uma desgraça"
(idem)
"Perguntaram-lhe o que ele entendia por calma"
(ibidem)
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