Todo hardware e software tem como fim um peopleware. Cada aparelho e cada aplicativo funcionam para uma pessoa, pelo menos, direta ou indiretamente, ou não funcionam de todo.
Portanto, na Era da Informação, por mais sobejas as questões técnicas, não são menos as questões éticas.
Assim, cada agente informacional deve ter alguns conceitos bem definidos em sua moral, e vamos a alguns:
São fundamentais os conceitos de publicidade e privacidade, bem como o de propriedade. Algumas informações devem ser obrigatoriamente publicadas, como por exemplo as movimentações bancárias de um réu acusado de fraudes financeiras, ou os balanços contábeis de uma empresa com capital aberto em bolsa.
Outras informações devem ser mantidas em sigilo, como aquelas que atentam ao pudor.
Fora isso, um cidadão deve ter o direito de publicar ou não as informações que quiser. Querendo mantê-las em sigilo, deve ser respeitado seu direito à privacidade, querendo publicá-las, deve ser respeitado seu direito à propriedade e à liberdade de expressão; não sofrendo censuras e recebendo as devidas recompensas.
As informações publicáveis, uma vez publicadas, devem seguir o princípio da integridade técnica, referente a mensagem consigo mesma, ou seja, deve estar bem formatada, e da integridade ética, que se trata da coerência entre mensagem e seu referente, aquela sendo fidedigna a este.
Sendo íntegra a mensagem, em seus dois sentidos, deve possuir autonomia de publicidade o agente emissor, caso queira revelá-la.
Quanto ao agente receptor, deve possuir autonomia de acesso, tanto ética, que é a oportunidade de receber a mensagem fisicamente, quanto técnica, que a capacidade de decodificá-la e interpretá-la semanticamente.
É possível adicionar que, no que se refere à propriedade e à privacidade, é fundamental que se refira à segurança da informação. A informação está segura quando se evita que seu proprietário sobre perdas indesejadas e não se permite que não-proprietários alcancem ganhos indevidos.
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