4 é mais que 2?
Há 15-20 anos atrás era de praxe ridicularizar os chineses, população milenar e vasta não só demograficamente como culturalmente, pela sua pobre frota de bicicletas frente às imponentes frotas de tetracicletas motorizadas bebedoras de derivados de combustíveis fósseis e eliminadoras de poluentes de países baseados no american way of life de consumo e nos modelos tayloristas e fordistas de produção, que não só os EUA, mas também Alemanha, França e Japão, para citar um último exemplo bem pertinho dos chineses.
Pois então, hoje em dia, depois de mais de um quarto de século de crescimento econômico beirando sempre o segundo dígito, a China alcança um dos jardins do sonho capitalista, qual seja: alta produção e consumo de veículos auto-motores.
E agora dizem pra mim e para os chineses que ser-humano avançado mesmo anda de bicicleta, automóvel é coisa de selvagens, povos bárbaros, esses tais de mongóis.
E assim caminha a humanidade, entre seus ciclos, onde, num instante, 4 é maior que dois e, noutro, 2 é melhor que 4.
2 comentários:
Realmente, o europeu está de cabelo em pé de preocupação.
O que acontecerá com o clima do planeta se os chineses tiverem a mesma quantidade de carros per capita que eles tem?
Essas são as contradições do sistema.
Pois então Rogério,
veremos como esse dilema será resolvido, e eu te confesso que sou otimista.
Mas esse é um evento que explicita bem essas contradições humanas no curso da história.
abcs.
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