17/07/2010
Plumas
“Leves como penas pousando no chão”.
(Oscar Niemeyer)
As colunas do Palácio do Planalto representam a plástica de uma bailarina.
Por seus movimentos de curvatura, é claro.
("O que me atrai é a curva livre e sensual")
Mas ainda mais por todo o peso que vai sustentado pelo minúsculo ponto de contato com o solo e por todo um equilíbrio instável, dinâmico e caótico que nos dá a sensação de uma leveza singular, como se um único pingo de chuva estivesse a firmar todo o céu.
"Se conseguimos fazer que um lápis fique de pé sobre sua ponta, o equilíbrio será instável. A menor pertubação o fará cair para um lado ou para o outro."
(Ilya Prigogine, O Fim das Certezas)
E ainda persistem as colunas de Niemeyer, curvas como as colinas, leves como os sorrisos, dinâmicas como os amores, projetando, em estruturas fixas, todo o movimento, ligeireza e fluidez que a vida tem.
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Um comentário:
Genial!
Carol Q.
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