23/10/2010

Não é um martelo


a criatividade do poeta (aquele que faz) busca sempre novos usos para as linguagens e ferramentas.

mas as linguagens, como as ferramentas, pelo uso, se desgastam.

mas as ferramentas, como as linguagens, sem o uso, obsoletam-se.

o segredo está em tornar os signos úteis - e a beleza possui utilidade -
sem torná-los banais.

mas para esvaziar um símbolo, para profanizá-lo, disso bem sabem os mass media, é melhor utilizá-lo até o paroxismo da exaustão do que censurá-lo e, assim, correr o risco de sagrá-lo.

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