15/07/2007

Iconoclastia

Santa Madeira

Clifton Collins Jr e Michael Peña são dois atores holywoodianos de fisionomia latina, e que, em Holywood, já se cansaram de fazer o papel de imigrantes ilegais (chicanos) no Império e integrantes de quadrilhas marginais (chicanos) nas áreas marginais dentro do Império.

Brad Pitt é um ator holywoodiano de feições caucasianas e que já cansou de rivalizar com Tom Cruise pelo trono de galã midiático do Império.

No filme Babel dos mexicanos (com "me" e "x") Alejandro González-Iñarritu (diretor) e Guilhermo Arriga (roteirista), Clifton Collins Jr e Michael Peña são dois policiais de fronteira norte-americanos, ou estadunidenses como preferem os reacionários, e Brad Pitt é um pai de família 40tão, acabado, grisalho, e cheio de rugas pela cara.

No filme Babel dos mexicanos, a única cena de volúpia que Brad protagoniza é quando tira a calcinha mijada! de Cate Blanchett é lhe tasca um beijo na boca enquanto ela está sentada numa bacia que lhe serve de pinico dentro de um barraco de estuque em pleno deserto do Marrocos.

E Iñarritu ganhou o Oscar, não me perguntem mais porque sou seu fã.

2 comentários:

Fábio Aguiar disse...

Vinícius,

não tinha percebido estes detalhes, que realmente são muito interessantes.

Ao ver este filme a minha sensação foi de um enorme vazio. Vazio este que impera em dias em que o homem não se volta mais para Deus. Mas busca, em si mesmo, uma resposta que, sozinho, não pode encontrar.

Abraço,

Fábio Aguiar

abstrato de tomate disse...

Sim, Fábio.

Por isso os desertos, no Marrocos e no México, por isso a profusão de sons e a surdez, a profusão de línguas e a mudez. Vc tem razão.

abs