29/05/2011

Hermenêutica e Exegese


Duas breves críticas:

"O de agora, falamos do que está a morte, é o rei Herodes, que sofre, além do mais e pior que se dirá, de uma horrível comichão que o põe às portas da loucura, como se as mandíbulas miudinhas e ferozes de cem mil formigas lhe estivessem roendo o corpo, infatigáveis." (pag. 85)

"O pior, o pior verdadeiramente, é a gangrena que se tem manifestado nestes últimos dias, e esse horror sem explicação nem nome de que se fala em segredo no palácio, a saber, os vermes que infestam os órgãos genitais da real pessoa e que, esses sim, a estão devorando em vida." (pag. 86)

"Herodes permaneceu de olhos abertos, procurando descobrir o sentido último da revelação, se o havia, a tal ponto absorto no pensamento que mal sentia as formigas que o roíam por baixo da pele e os vermes que se babavam sobre as suas últimas fibras íntimas e as apodreciam." (pag. 102)

"Não queres falar-nos do que te disse João, Ainda não é a hora, respondeu Jesus, Disse-te ao menos que és o Messias, Ainda não é a hora, repetiu Jesus, e os discípulos ficaram sem perceber se ele apenas repetia o que antes tinha dito, ou os estava informando de que a hora de vir o Messias ainda não chegara. Para está hipótese se inclinou Judas de Iscariotes quando, desanimados, se deixaram ficar para trás, enquanto Tomé, céptico por decidida e renitente inclinação do espírito, opinava que se tratava de uma mera repetição, ainda por cima impaciente, acrescentou." (pag. 421 e 422)

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