10/10/2010

Hegemônicos




Os discursos hegemônicos são devoradores.

Vide o discurso cristão que nos últimos 2 milênios contribuiu para a afirmação dos Impérios Romanos do Ocidente e do Oriente, a Norte, Nordeste e Noroeste do Mar Mediterrâneo, e que auxiliou os Impérios Espanhol, Português e Britânico em suas dominações sobre as Américas, África e parte da Ásia.

A ponto de Max Weber, em seu livro Ética Protestante e o Espírito do Capitalismo, ter justificado o maior sucesso da hegemonia Inglesa frente à hegemonia ibérica, pelo fato dos primeiros serem protestantes, enquanto os últimos são católicos. E isso ressoa, hoje em dia, na Teoria Econômica Institucionalista que da mesma maneira justifica a hegemonia estadunidense frente à América Latina, Brasil e México principalmente.

Mas os discursos dominantes, por gulosos que são, vão sendo comidos pelas beiradas, com as releituras, sincretimos, reinterpretações. Como a relação, no Brasil, entre são Jorge e Ogum.

E me parece que a cozinha é um dos discursos mais resistentes que existem, vide a presença da culinária mexicana nos EUA e da africana por aqui.

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